Chagas: mais de 1,2 milhão de brasileiros tem a doença, porém 70% não tem conhecimento

Dia Mundial da Doença de Chagas: uma doença negligenciada que precisa de mais atenção

A Doença de Chagas, também conhecida como Tripanossomíase Americana, é uma doença infecciosa causada pelo parasita Trypanosoma cruzi, transmitido pelo inseto conhecido como “barbeiro”. A doença é endêmica na América Latina, mas com a globalização e a migração de pessoas para outras partes do mundo, a doença tem sido relatada em outras regiões, incluindo a América do Norte, Europa e Oceania.

No Dia Mundial da Doença de Chagas, celebrado em 14 de abril, é importante chamar a atenção para essa doença negligenciada que afeta cerca de 6 a 7 milhões de pessoas em todo o mundo, a maioria na América Latina. De acordo com a Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC), mais de 1,2 milhões de brasileiros vivem com a doença, o que representa mais de 17% do total global. Infelizmente, cerca de 70% dessas pessoas não sabem que são portadoras da doença.

A doença de Chagas tem duas fases: aguda e crônica. Na fase aguda, os sintomas incluem febre, mal-estar, inchaço dos gânglios linfáticos e erupção cutânea. Na maioria dos casos, esses sintomas desaparecem após algumas semanas, mas cerca de 30% dos pacientes desenvolvem a forma crônica da doença. Na fase crônica, a doença pode afetar o coração, o sistema digestivo e o sistema nervoso, levando a complicações graves, como arritmia cardíaca, insuficiência cardíaca, megaesôfago e megacólon.

Infelizmente, a Doença de Chagas tem sido historicamente negligenciada, com falta de políticas públicas e investimentos para o diagnóstico precoce e o acesso a medicamentos para curar os pacientes. A cardiologista Gláucia Maria Moraes de Oliveira, diretora da SBC e professora da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), enfatiza que o diagnóstico precoce é fundamental para a cura da doença. Se o diagnóstico for feito nos primeiros dias de transmissão, a chance de cura é de até 100%. No entanto, se o diagnóstico for tardio, o tratamento é mais custoso e doloroso.

Além disso, a falta de investimentos e políticas públicas para o controle do vetor da doença, o “barbeiro”, também contribui para a disseminação da doença. É necessário mais esforço e recursos para controlar a população de “barbeiros” e prevenir a transmissão da doença.

A Organização Pan-americana de Saúde (Opas) destaca que a mobilidade da população tem contribuído para a disseminação da doença em outras partes do mundo. Portanto, é importante que os profissionais de saúde estejam cientes da doença e de sua possível ocorrência em pacientes que tenham viajado para áreas endêmicas.

Em resumo, o Dia Mundial da Doença de Chagas é uma oportunidade para conscientizar a população sobre essa doença negligenciada que afeta milhões de pessoas.

A doença de Chagas, também conhecida como tripanossomíase americana, é uma doença parasitária causada pelo Trypanosoma cruzi. O parasita é transmitido principalmente pelos insetos conhecidos como barbeiros, que eliminam o parasita nas fezes quando picam o ser humano. Quando a pessoa coça a picada, acaba espalhando as fezes contendo o parasita na ferida aberta ou em mucosas, o que leva à infecção.

No entanto, a transmissão também pode ocorrer por transfusão de sangue, transplante de órgãos, consumo de alimentos contaminados, durante a gravidez e o parto. Por isso, é importante estar atento aos sintomas e buscar ajuda médica caso ocorram.

Os sintomas iniciais da doença de Chagas são geralmente leves e podem ser facilmente confundidos com outras doenças, o que dificulta o diagnóstico precoce. Na fase aguda, que dura algumas semanas ou meses após a infecção, a pessoa pode apresentar febre, inchaço nos gânglios linfáticos, mal-estar geral, dor de cabeça, perda de apetite, dor muscular e nas articulações, além de inchaço e vermelhidão no local da picada.

Após a fase aguda, a doença entra em uma fase crônica, que pode durar anos ou décadas. Nessa fase, muitas pessoas não apresentam sintomas ou apresentam apenas sintomas leves e inespecíficos, como cansaço, fraqueza, dor de cabeça, perda de apetite e perda de peso.

No entanto, a doença de Chagas pode levar a complicações graves e potencialmente fatais se não for tratada adequadamente. Segundo a Opas, sem tratamento a longo prazo, até 30% dos pacientes podem desenvolver complicações irreversíveis para o sistema nervoso, sistema digestivo e para o coração. Arritmias e insuficiência cardíaca são as principais doenças cardíacas observadas, acrescenta a sociedade brasileira.

A identificação precoce da doença é fundamental para evitar complicações graves e permitir um tratamento adequado. No entanto, o diagnóstico é um desafio, já que na maioria dos casos a infecção é assintomática no início e as taxas de detecção de Chagas são baixas.

Para enfrentar esse desafio, é importante envolver a comunidade e apoiar os profissionais de cuidados primários com treinamento e suprimentos críticos para administrar a doença. Além disso, é importante conscientizar a população sobre as formas de prevenção e transmissão da doença, como a limpeza dos domicílios para eliminar os insetos transmissores, o uso de repelentes, a proteção dos alimentos e a doação de sangue segura.

Em resumo, a doença de Chagas é uma doença parasitária grave que pode levar a complicações irreversíveis se não for tratada adequadamente. Os sintomas iniciais são leves e podem ser confundidos com outras doenças, o que dificulta o diagnóstico precoce. Por isso, é importante estar atento aos sintomas e buscar ajuda médica caso

A doença de Chagas é uma doença parasitária causada pelo Trypanosoma cruzi, transmitido principalmente pelos insetos conhecidos como barbeiros. No entanto, a doença pode ser transmitida de outras formas, como transfusão de sangue, transplante de órgãos, consumo de alimentos contaminados, durante a gravidez e o parto. A doença é endêmica em 21 países da América Latina, com o Brasil sendo um dos mais afetados.

A Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC) alerta que, sem tratamento a longo prazo, até 30% dos pacientes podem desenvolver complicações irreversíveis no sistema nervoso, sistema digestivo e coração. Arritmias e insuficiência cardíaca são as principais doenças cardíacas observadas em pacientes com a doença de Chagas. A identificação precoce da doença é um desafio, pois na maioria dos casos a infecção é assintomática no início.

De acordo com a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), cerca de 70% daqueles que carregam o parasita permanecem assintomáticos ou indeterminados por duas a três décadas. No entanto, é importante estar atento aos sinais de febre, aparecimento de gânglios, crescimento do baço e fígado, alterações elétricas do coração, inchaço na face ou nos membros, manchas vermelhas na pele e inflamação das meninges nos casos graves.

A SBC alerta que outras formas de contaminação têm crescido, incluindo a Chagas congênita, que afeta um bebê a cada mil mães com a doença. A transmissão da doença por transfusão de sangue, transplante de órgãos e consumo de alimentos contaminados também são preocupantes.

Apesar das melhorias nas condições de habitação e controle do vetor, a incidência da doença ainda é significativa em muitos países das Américas. A Opas e a OMS esperam erradicar a doença até 2050, mas isso ainda é um grande desafio. A colaboração dos governos, profissionais de saúde e trabalhadores comunitários é essencial para concentrar a atenção nas populações mais vulneráveis e eliminar Chagas como um problema de saúde pública.

A prevenção da doença de Chagas inclui medidas para controlar os insetos transmissores, como a aplicação de inseticidas em casas, educação sobre como evitar a infestação de insetos e triagem de doadores de sangue. O tratamento é mais eficaz na fase aguda da doença e consiste em medicamentos para matar o parasita. No entanto, o tratamento na fase crônica é mais difícil e pode envolver medicamentos para controlar os sintomas e prevenir complicações.

Em resumo, a doença de Chagas ainda é um problema significativo de saúde pública em muitos países das Américas. A colaboração de governos, profissionais de saúde e trabalhadores comunitários é fundamental para erradicar a doença e proteger as populações mais vulneráveis. A prevenção e o tratamento da doença de Chagas são cruciais para evitar complicações irreversíveis no sistema nervoso, sistema digestivo e coração.