O jornalista Léo Batista, que faleceu aos 92 anos depois de uma luta contra o câncer de pâncreas, vai ser enterrado em sua cidade natal, Cordeirópolis, que fica a uns 170 km de São Paulo. O corpo dele tá sendo velado na sede do Botafogo, no Rio de Janeiro, nesta segunda-feira, dia 20. Léo, que era um fanático torcedor do Botafogo, fez história como locutor e apresentador da TV Globo, especialmente nas transmissões esportivas.
Aliás, no começo desse mês, ele teve uma visita de sobrinhos e aproveitou pra dizer que queria ser enterrado perto de sua mãe, lá em Cordeirópolis, cidade onde cresceu e que sempre esteve no coração dele, como contou uma fonte pro Terra.
Quem conhece a trajetória do Léo Batista sabe que ele não começou no jornalismo esportivo diretamente. O cara foi construindo a carreira dele aos poucos. Antes de ser aquele cara que todo mundo reconhecia como “A Voz Marcante do Esporte”, ele fazia locuções para contar as notícias mais importantes do dia para os moradores da cidade de Cordeirópolis. Tudo começou quando ele tinha apenas 15 anos e seguiu o conselho de um primo para fazer um teste no serviço de alto falante da cidade. A partir daí, foi só sucesso, e o nome dele foi ganhando cada vez mais destaque.
A morte do Léo deixou uma galera triste, principalmente em Cordeirópolis, que é um lugar pequeno, mas com uma história grande, e onde ele sempre foi lembrado. Os moradores, que tinham o privilégio de ver o jornalista nas ruas da cidade, logo começaram a relembrar alguns momentos que viveram com ele. O cara sempre voltava pra cidade, visitava a família e, claro, ninguém ali deixava de reconhecer o “locutor famoso” de antes, que nunca se esqueceu das raízes.
Léo teve uma história de vida muito marcada pelo amor à sua família. Ele foi casado por 60 anos com Leyla Chavantes Belinaso. Infelizmente, em 2022, ele ficou viúvo, quando a esposa faleceu aos 84 anos, vítima de um trágico afogamento na piscina da casa do casal, no Rio. A notícia foi um choque, e foi o próprio Léo quem encontrou Leyla desacordada, o que deve ter sido uma experiência bem difícil pra ele. Mesmo com esse baque, ele continuou sua caminhada, sempre lembrando da mulher que foi sua parceira durante tantos anos.
E é assim que Léo Batista vai ser lembrado: como um cara que conquistou o Brasil com sua voz potente e carismática, mas que, ao mesmo tempo, sempre foi humilde e nunca esqueceu de onde veio. Sua carreira no jornalismo esportivo vai continuar sendo referência, mas é no interior de São Paulo, em Cordeirópolis, que ele sempre será lembrado com carinho, como aquele jovem que se destacou no serviço de alto falante e se tornou um ícone.
Fica aqui a nossa homenagem a Léo Batista, um nome que vai permanecer na memória de todos que acompanharam suas narrações, suas reportagens e até suas aparições humildes em sua terra natal.