Na manhã dessa sexta-feira, 4 de julho, um avião de pequeno porte, usado pra pulverização agrícola, caiu numa área rural nas imediações do município de Capela, em Sergipe. A confirmação da tragédia veio da própria Secretaria de Segurança Pública do estado (SSP-SE), que inicialmente tinha informado que o acidente tinha acontecido em Riachuelo, mas a informação foi corrigida horas depois, por volta das 13h20.
O piloto, identificado como Alexandre Farias, de 52 anos, não resistiu ao impacto da queda e morreu ainda no local. Ele era o único ocupante da aeronave, segundo os dados oficiais divulgados até agora. O Instituto Médico Legal (IML) foi chamado pra fazer a remoção do corpo, e equipes do Grupamento Tático Aéreo (GTA), do Corpo de Bombeiros e do Samu também foram enviadas pra atender a ocorrência.
O modelo da aeronave, um EM-2010, pertencia à empresa R Pilau Serviços, que atua no setor agrícola e é responsável por diversos voos de pulverização em plantações pelo interior do país. Em nota, a empresa disse que toda a documentação do avião tava em dia e que Alexandre era um piloto com vasta experiência nesse tipo de operação. A empresa ainda informou que tá prestando apoio à família do piloto nesse momento difícil.
A esposa do piloto, que é natural do estado de São Paulo, já tá a caminho de Sergipe para fazer o reconhecimento do corpo. O sepultamento deve acontecer na cidade de Presidente Prudente, no interior paulista, onde Alexandre morava com a família. A tragédia causou grande comoção entre amigos e colegas de profissão, já que o piloto era conhecido no ramo por seu profissionalismo e pela paixão que tinha pela aviação agrícola.
A Força Aérea Brasileira (FAB) também se pronunciou por meio de nota oficial, informando que uma equipe de investigadores já foi acionada pra realizar a chamada “ação inicial” – que é o primeiro passo nos processos de investigação de acidentes aeronáuticos. Essa etapa inclui a coleta de evidências no local, entrevistas com possíveis testemunhas e análise de documentos técnicos da aeronave.
De acordo com a FAB, a duração da investigação depende bastante da complexidade do acidente. Só depois de uma análise minuciosa é que se consegue entender o que de fato contribuiu para a queda. Ainda segundo a nota, quando a apuração for concluída, o relatório final vai ser publicado no site do CENIPA (Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos), órgão responsável por esse tipo de trabalho no país.

Não se sabe ainda se houve falha mecânica, erro humano ou algum fator externo – como condições climáticas – que tenha provocado o acidente. O tempo estava relativamente estável na manhã de sexta-feira, conforme relatos de moradores da região, o que levanta mais dúvidas sobre o que pode ter dado errado.
Enquanto isso, as autoridades pedem cautela na divulgação de informações não confirmadas, pra evitar especulações que só aumentam a dor dos familiares e atrapalham as investigações. Nas redes sociais, amigos e familiares prestaram homenagens a Alexandre, destacando sua dedicação à profissão e seu jeito simples de viver.
Esse foi mais um acidente trágico envolvendo aviação agrícola no Brasil, um setor que, apesar de essencial pro agronegócio, ainda enfrenta desafios sérios em relação à segurança. Espera-se que a investigação traga respostas claras e que medidas sejam tomadas pra evitar novas perdas como essa.