A marca Wepink, criada pela influenciadora digital Virgínia Fonseca, acabou entrando pra um grupo onde normalmente só se via bancos gigantes e operadoras de telefone: o temido ranking das empresas mais reclamadas no Reclame Aqui. É… parece que nem todo esse sucesso nas redes sociais foi suficiente pra blindar a marca de críticas pesadas por parte dos consumidores.
Nos últimos meses, o número de reclamações simplesmente explodiu. Foram exatas 48.457 queixas registradas por consumidores insatisfeitos com os serviços da marca, principalmente por causa de atrasos nas entregas dos produtos. Isso fez com que a Wepink alcançasse a 15ª colocação no ranking geral de empresas mais reclamadas do site. Pra quem não tá acostumado com esses dados, esse ranking geralmente é dominado por empresas que têm milhões de clientes, como bancos e operadoras de celular. Então, ver uma marca de cosméticos nessa lista… chama atenção demais.
Só pra ter ideia do impacto, a Wepink passou na frente até mesmo de nomes conhecidos como o Banco Santander, que ficou em 18º, e o Banco Inter, que apareceu na 16ª colocação. É uma inversão que, em outros tempos, seria até impensável. Estamos falando de uma empresa que nasceu há pouquíssimo tempo se comparado aos “dinossauros” do mercado financeiro.
Além dos atrasos nas entregas – o que já é suficiente pra causar uma bela dor de cabeça em qualquer consumidor –, muita gente tem relatado também dificuldade pra conseguir falar com o suporte da empresa. São vários os comentários sobre falta de retorno por e-mail, demora no atendimento via WhatsApp, e aquele clássico sumiço no famoso “formulário de contato”. Ou seja: o cliente já tá bravo porque o produto não chegou, e ainda por cima não consegue nem reclamar direito. Aí complica…
Vale lembrar que a Virgínia tem uma legião de seguidores. Só no Instagram, ela passa dos 45 milhões. E como tudo que ela toca vira ouro, a expectativa em cima da Wepink era altíssima. Lançamentos com fila de espera, kits que esgotavam em horas, parcerias com outras influencers de peso… enfim, parecia que nada poderia dar errado. Mas, como já dizia aquele velho ditado popular: “nem tudo que reluz é ouro”.
É claro que o sucesso de vendas é inegável. Mas quando o volume de pedidos cresce mais rápido do que a capacidade de entrega, a chance de dar ruim é grande. E foi isso que parece ter acontecido. Talvez a empresa não estivesse preparada logisticamente pra lidar com uma demanda tão intensa, o que acabou sobrecarregando os processos internos e deixando os consumidores na mão.
No fim das contas, o caso serve como alerta pra outras marcas que estão crescendo rápido demais. Não adianta só bombar nas redes sociais, fazer publi com celebridade e ter embalagens bonitas. Se o pós-venda não acompanha o ritmo, o castelo de cartas desmorona rapidinho.
Ah, e só pra constar: até agora, a empresa não se posicionou publicamente sobre essa alta no número de reclamações. E, convenhamos, esse silêncio também não ajuda em nada. Enquanto isso, a fila de gente insatisfeita só cresce.