Neste último domingo (12), três pessoas conseguiram evitar que um filhote de cachorro fosse devorado por uma sucuri de cerca de 7 metros de comprimento e 70 kg. Em uma ação rápida dos jovens, eles tiraram o pet da boca da cobra, e o cãozinho, apesar de machucado, foi medicado e está se recuperando bem. O réptil será devolvida ao seu habitat natural.
A sucuri surgiu no igarapé que corta o sítio do casal Sara e Pedro Calazans, que fica na entrada do município. Vale pontuar que, Pedro é veterinário e presta serviços na região.
Sara e o estagiário de Paulo, Caio Almeida, estavam pescando às margens do igarapé quando foram pegos de surpresa pelo ataque. Sara reagiu rapidamente entrando na água para salvar o filhote, que tem apenas 3 meses.
” Foi muito rápido. Ela (cobra) estava do meu lado e não vi. Só percebi quando se atracou na parte traseira do cachorro e o arrastou para dentro d’água. Procurei alguma coisa para puxar ela pra fora, mas não achei. Então tive que puxar pelo rabo e ir arrastando para fora.”
De acordo com o casal, o vira-lata não tem nome e pertence a um vizinho. Vale ressaltar que esse cachorrinho fica solto pela região do condomínio com outros animais do mesmo tutor.
Para remover a sucuri da água, ela precisou da ajuda de Caio e Pedro, que seguraram o meio e a cabeça da cobra. Eles balançaram seu corpo para forçá-la a soltar o cachorrinho.
“Conseguimos fazer a cobra soltar o cachorro uma vez, mas ela pegou de novo. Ele ficou paralisado, achei que estava morto, até porque pensei que tinha se afogado. Mas quando conseguimos soltá-lo começou a se mexer e chorar“, contou Sara.
Além do pânico, o filhote saiu com ferimentos no dorso e nas patas traseiras, porém nenhuma fratura. Ele recebeu os primeiros atendimentos dos veterinários e está se recuperando.
“Ele ficou bastante machucado, mas lavamos os ferimentos e aplicamos anti inflamatórios e hoje está bem melhor. Já estava até brincando com outro cachorro“, disparou Pedro.
No hora do salvamento Sara diz que não tomou conhecimento do tamanho da sucuri.
“Na hora eu não pensei muito. A única coisa que pensei que ela poderia fazer era me atacar, mas o Caio iria me ajudar. Depois que vi o tamanho é que fui me dar conta de que poderia ter me agarrado ali“.
A sucuri foi acondicionada em uma caixa d’água e deve ser solta esta semana. “A gente quer usar essa sucuri como exemplo para todo mundo que acha que o caminho é sempre matar. Tem uma conduta a ser feita. Vamos soltá-la na natureza em alguma fazenda ou reserva indígena na região“, revela o veterinário Pedro Calazans.
Sara é treinadora de cavalos para equitação e sempre trabalhou em fazendas. Ela revelou que essa não foi a primeira vez que se deparou com uma sucuri. “Já tinha pego outra antes, mas era menor. Tinha uns três metros e chegou a me morder, mas consegui me soltar“.