Gabrielli Gonçalves da Silva, uma menina de apenas 12 anos, foi a primeira paciente do Hospital da Criança do Grendacc a tocar o sino, em 2025, celebrando o fim de seu tratamento contra o câncer. A jovem, que lutou contra um Tumor de Wilms, descoberto em setembro de 2023, pode enfim dar esse passo tão aguardado.
Em um momento emocionante, Gabrielli, com os olhos brilhando de emoção, disse: “Vocês são minha segunda família”, antes de tocar o sino da vitória no Grendacc, na última terça-feira, dia 28. A instituição, que acompanhou sua luta, informou que ela continuará sendo monitorada com consultas e exames periódicos para garantir que a recuperação siga sem problemas.
O Tumor de Wilms, também conhecido como nefroblastoma, é um tipo de câncer renal que afeta principalmente crianças. Os sintomas mais comuns incluem a aparição de um nódulo no abdômen, dores abdominais, febre, náuseas e vômitos. É uma doença difícil de enfrentar, mas, com tratamento adequado, muitas crianças conseguem se recuperar.
Gabrielli esteve sempre rodeada por sua família durante todo esse tempo. Os pais, Adriano e Cíntia, os irmãos Miguel e Vitória, e também tias e primas, estiveram ao lado dela em todos os momentos. Ela compartilhou que os momentos mais complicados foram quando contraiu dengue, passou pela cirurgia e, mais tarde, precisou colocar o cateter. “Foi tenso, sabe? Cada etapa foi difícil, mas minha família me deu força o tempo inteiro”, contou Gabrielli.
Ela ainda destacou o apoio das “meninas do Grendacc”, como ela se referiu com carinho às enfermeiras e toda a equipe do hospital. “Às vezes, eu não queria nem vir para cá, estava cansada, sem força, mas as meninas me apoiavam muito. Isso fez toda a diferença.”
Para a oncologista pediátrica Arianne Cassarim, esse toque do sino é um momento muito significativo. “Esse primeiro toque é muito importante, pois representa o fim de uma batalha muito difícil”, afirmou a médica. “A Gabi enfrentou o Tumor de Wilms, fez cirurgia, passou por quimioterapia e radioterapia, emagreceu bastante, e precisou de bastante cuidado da nossa equipe, incluindo nutrição e fisioterapia. Foi um tratamento muito pesado”, explicou.
Apesar de todos os desafios, Arianne ressaltou que Gabrielli nunca desistiu. “Mesmo com tudo que ela passou, ela estava aqui, firme, tomando a quimioterapia, as plaquetas. Não foi fácil, mas agora podemos celebrar”, finalizou a médica, visivelmente emocionada com a recuperação de Gabrielli.
Esse toque do sino no Grendacc não foi apenas uma vitória de Gabrielli, mas de todos que estiveram ao seu lado. Para ela, um novo começo. E para todos nós, uma prova de força, coragem e esperança. Que a trajetória de Gabrielli inspire outras crianças e famílias a não desistirem, por mais difíceis que as batalhas possam ser.