Nessa última quarta-feira (7), o Senado aprovou a PEC da Transição em dois turnos , e consolidou o segundo ponto positivo na política de Lula antes do começo do governo, numa articulação bastante relevante para bancar o pagamento do Bolsa Família e outros programas sociais.
O resultado foi convincente: 64 dos 81 senadores deram sinalização positiva para proposta. Em tempos de Copa do Mundo, dá para afirmar que foi uma vitória gigantesca, um gol de placa. O mínimo para aprovação era de 49 votos.
Aliados do mais novo presidente creem que teriam em torno de 55 votos favoráveis. Ou melhor, o resultado foi melhor do que o combinado e confirma a força da equipe de transição e do novo governo.
Como a coluna exibiu, a aprovação da PEC na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) já tinha inflamado o clima de otimismo na equipe comandada pelo partido dos Trabalhadores.
Alguns destaques foram exibidos após a aprovação em primeiro turno com a finalidade de alterar o texto, porém não foram aprovados. Houve um pequeno susto em um dos destaques – uma bola na trave da oposição.
A partir de agora, a PEC será encaminhada à Câmara, onde também não deve ter problemas para ser aprovada.
Diante o fato, o que se nota é que a articulação política volta a ocorrer em um governo que, finalmente, buscará o consenso e a conversa com o Legislativo. Os brasileiros só têm a ganhar com essa relação amigável.
Senadores e deputados do PSD se reúnem com Lula
Luiz Inácio Lula da Silva (PT), reuniu-se, na terça-feira (29), com lideranças do PSD, do MDB e do União Brasil para desenvolver a aprovação da PEC da Transição e a base do governo a partir do ano que vem.
Nas reuniões, que aconteceram isoladamente, foi combinado que possíveis indicações para ministérios, em caso de composição para o futuro governo, deverão ser discutidas o mais rápido possível.
O senador Otto Alencar (PSD-BA) participou da reunião com Lula e garantiu que todos os senadores do partido, “até os que não apoiaram Lula nas eleições”, são a favor da PEC da Transição. “Tanto na Câmara quanto no Senado a gente tem votos suficientes para ajudar a aprovar a PEC”, avaliou o senador.