Entre os grandes nomes de sucessos do elenco do filme estão os respeitáveis; Edson Celulari, Fábio Lago, Aline Prado e Nando Brandão. No decorrer de uma entrevista exclusiva ao portal Splash, do UOL, O diretor Wagner de Assis comentou sobre a continuação, o futuro da franquia e destacou a profundidade dos temas espíritas que, de acordo com o cineasta, “oferece um manancial de histórias” para o cinema.
“É uma combinação de fatores. Às vezes, um tem mais peso que o outro. Mas eu diria que o principal deles é quando eu encontro uma boa história. Uma história sensacional mesmo, onde quer que ela esteja. Sempre gostei das boas histórias, porque elas revelam um tanto da condição humana”, entregou o diretor.

Visto como quase um perito no tema, Wagner ostenta em seu currículo inúmeras produções espíritas, como “A Cartomante” (2005) – seu primeiro filme do gênero – “A Menina Índigo” (2016), “Kardec” (2018) e o “Ninguém é de Ninguém”, que é baseado no livro de mesmo nome de Zibia Gasparetto e também encerrou recentemente suas gravações. O profissional ainda entregou que, na realidade, sempre admirou os assuntos sobrenaturais e, se envolver mais no tema devido aos filmes despertou um fascínio ainda maior.
“A gente não para porque, quando conseguimos entender que o que as pessoas estão escrevendo é sobre a condição humana, fica fascinante. E, bom, já que comecei agora preciso fazer escolhas que falem a mim. Você não pode passar anos fazendo uma coisa que não te toque de alguma maneira. É muito trabalho. Então, é um pouco da combinação dessas duas coisas”, ressaltou o cineasta.
“A outra condição é uma pesquisa pessoal. A espiritualidade é a nossa última fronteira, o espírito humano é a nossa última fronteira, e a gente deveria olhar muito para isso, do ponto de vista científico, filosófico, porque é sobre isso. As consequências é que são religiosas”, adicionou.

Além de “Ninguém é de Ninguém” e “Nosso Lar 2”, O cineasta também atuou em documentário como “Chico Para Sempre”. A obra, que acontece em parceria com Marcel Souto Maior, escritor do best-seller “As Vidas de Chico Xavier”, possui mais de 80 entrevistas e tem o objetivo de apresentar a vida de um dos médiuns mais famosos para o mundo todo.
Ainda conforme com o UOL, o primeiro filme, também dirigido por Wagner, levou quatro milhões de pessoas aos cinemas do Brasil e soma um total de 50 milhões de espectadores em todo o mundo. Tanto o primeiro longa, bem como o segundo, apresenta a saga de André Luiz – interpretado por Renato Prieto – um médico que depois de sua morte se encontra com Chico Xavier.
“‘Os Mensageiros’ é um livro que de fato entrega qual era a proposta do espírito do André Luiz, que era falar sobre a vida no mundo espiritual. É um livro muito importante quando se fala do assunto mediunidade. Ele começa descrevendo médiuns fracassados, e eu acho isso muito importante porque coloca a mediunidade como algo passível de ser questionado, se ela não for idônea, ética e correta. Os erros acontecem, os arbítrios podem ser levados de formas ruins. Eu entendo que, nesse filme, a gente acrescenta muito mais sobre a ideia de que há vida depois da vida. Essas relações que nós mostramos no primeiro filme, que existem encarnados e desencarnados, elas vão muito mais além do que foi explorado no primeiro longa”, soltou.
“Nosso Lar 2 – Os Mensageiros” tem previsão de estreia para 2023, ainda sem data específica. “Nosso Lar”, de 2010, encontra-se disponível na Netflix.