O advogado da mulher que xingou o proprietário de uma loja de açaí, em Taguatinga Norte, na última segunda-feira (9/5), com ofensas racistas revelou, através de um comunicado ao portal Metrópoles, que sua cliente sofre de distúrbios psiquiátricos. A mulher, identificada como Cláudia, foi diagnosticada, em 2020, com esquizofrenia paranoide, com evolução crônica, progressiva e sem expectativa de cura.
O ocorrido, foi devidamente gravado pelo próprio empresário. No registro é possível ver com clareza os momentos e que Cláudia desfere várias ofensas ao proprietário da loja identificado como Paulo Vitor Silva Figueiredo, não satisfeita, a agressora ainda em um certo momento o chama de “macaco preto”. O empresário disse que desde que abriu a franquia do The Best Açaí, há cerca de um ano e meio, nunca passou por uma situação parecida. “Idiota, palhaço, ridículo, ET, inútil, pateta” foram alguns dos outros “elogios” proferidos contra o jovem, após ele dizer que não seria possível retirar a banana do açaí, como a cliente havia pedido.
O advogado de Claudia disse ainda por meio de um comunicado que a família da mulher luta contra a doença da jovem e que a situação se agravou nos últimos anos. O que resulta em momentos de surto mais contínuos, além de perder o controle das próprias ações.
A família da jovem, inclusive informou que o tratamento é feito e a dosagem do medicamento foi aumentada nos últimos dias, mesmo assim o medicamento mostrou-se ineficaz.
Ainda segundo o advogado, a família está em vias de processo de internação da jovem. Ressaltaram ainda, que não aprovam nenhum tipo de agressão, seja física ou verbal, bem como qualquer forma de discriminação.
Entenda o caso
O empresário Paulo Vitor revelou que a agressora chegou, por volta das 20h, da última segunda-feira (9/5).“Depois, ainda chegou uma cliente nossa e perguntou o que estava acontecendo. Aí, ela começou a agredir verbalmente essa moça, a chamando de gorda e feia. Isso começou umas 20h e ela ficou lá até 20h30 me xingando”.

Segundo o empresário, a mulher “tem o histórico de ser alguém que causa muitos problemas” no comércio onde fica sua loja. “Ela já havia comprado açaí conosco outras vezes, sempre de um jeito meio grosseiro, mas nunca ofendeu como desta última vez”.
Ainda no desabafo, Paulo disse que a mulher passou cerca de 30 minutos na porta da loja disparando palavras de baixo calão contra ele após não aceitar que o açaí seria feito com banana. Depois das ofensas, ela ainda ordena o rapaz que prepare o açaí, pois estava “na cidade dela”. “Na hora, eu estava bem tranquilo, não fui grosseiro e nem agressivo. O único momento em que fiquei mais sério foi quando falei que não serviria ela”.