Michelle rebate colunista do jornal O Globo: “Fonte furada”

Na segunda-feira, dia 2 de dezembro, Michelle Bolsonaro, ex-primeira-dama e atual presidente do PL Mulher, se manifestou sobre duas matérias publicadas na coluna de Bela Megale, do jornal O Globo. As notícias, segundo Michelle, não passavam de boatos e tentativas de manipulação da opinião pública.

A primeira matéria dizia que Michelle teria tido uma grande influência no afastamento entre o ex-presidente Jair Bolsonaro e o governador de Goiás, Ronaldo Caiado, ambos do PL e do União Brasil, respectivamente. A coluna afirmava que aliados de Caiado estavam colocando a culpa em Michelle pela dificuldade do ex-presidente em restabelecer o relacionamento com o governador. Esse “desentendimento” teria dificultado, segundo a coluna, a reconciliação entre os dois políticos.

Já o segundo texto falava sobre um evento de Bolsonaro no Rio de Janeiro, onde prefeitos teriam reclamado de um “climão” com Eduardo Torres, irmão de Michelle, que estava presente no evento. A coluna dizia que essa situação teria criado um certo desconforto entre as lideranças municipais e o irmão da ex-primeira-dama, algo que poderia ter prejudicado a imagem de Bolsonaro no encontro.

Michelle, em resposta, não deixou barato. Usando seu perfil no Instagram, ela postou um desabafo irônico sobre as matérias. Na publicação, Michelle usou a expressão “fonte furada”, uma gíria popular para se referir a informações falsas ou sem credibilidade. A frase foi acompanhada de um trecho da música “Você é doida demais”, que parece ter sido uma forma descontraída e bem humorada de responder aos ataques. “Fonte (furada) detectada com sucesso”, escreveu a ex-primeira-dama, deixando claro que não acreditava na veracidade das acusações.

Esse tipo de resposta, além de mostrar o estilo direto de Michelle, também chamou a atenção de seus seguidores, que logo comentaram a publicação com apoio e críticas à forma como a mídia tem tratado a família Bolsonaro. Alguns até brincaram com a situação, dizendo que ela estava “detonando” os jornais e as notícias falsas. Em um contexto de crescente polarização política, essa postura de Michelle também reflete o clima de desconfiança que boa parte dos apoiadores de Bolsonaro sente em relação à mídia tradicional.

Para quem acompanha a política do Brasil, a relação entre o ex-presidente e o governador Ronaldo Caiado sempre foi um tanto instável. Embora ambos compartilhem a mesma sigla, o PL, há divergências políticas e pessoais que, por vezes, se tornam públicas. Caiado, por exemplo, foi um dos críticos mais ferrenhos de Bolsonaro durante a pandemia de Covid-19. Além disso, em momentos de disputa política, como nas eleições de 2022, as alianças entre os dois não foram tão firmes quanto o esperado. Então, não é de surpreender que a imprensa tenha tentado apontar Michelle como uma figura central nesses conflitos, mas sua reação mostrou que ela não vai ficar calada diante dessas acusações.

Michelle, ao longo do tempo, tem se mostrado cada vez mais à frente do PL Mulher, com um discurso focado nas pautas conservadoras e na luta por mais representatividade feminina na política. Mas, ao mesmo tempo, também se tornou alvo frequente de ataques de setores da mídia que tentam deslegitimar suas ações e seu trabalho.

É curioso notar que, enquanto ela se defende, os ataques continuam, mas Michelle parece cada vez mais confortável no papel de protagonista de sua própria história. Seus apoiadores, por sua vez, enxergam nela alguém que se destaca não só pelo seu trabalho político, mas também pela forma autêntica com que lida com a pressão da mídia e das adversidades. E essa postura vai continuar gerando discussões, especialmente nas redes sociais, onde as reações a esses embates são rápidas e intensas.

No fim, essa troca de farpas entre Michelle Bolsonaro e a coluna de Bela Megale só deixa claro que a política brasileira, e em especial o universo bolsonarista, está longe de se acalmar. Ao contrário, parece que estamos apenas no começo de um novo ciclo de debates e confrontos que prometem movimentar ainda mais as redes e a imprensa.