Lula cogita ‘atitude mais drástica’ para conter alta dos alimentos, entenda

Depois que o governo começou a anunciar algumas medidas pra tentar dar um jeito na alta dos preços dos alimentos, o presidente Lula falou, na sexta-feira, 7, que pode tomar uma “atitude drástica” se não achar uma “solução pacífica”. Já o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, deixou claro que o governo não vai interferir diretamente nos preços.

Lula, no evento, disse que os preços de alguns produtos como café, ovo e milho estão muito altos, e a ideia é achar um jeito de resolver isso sem briga. “A gente não quer entrar em conflito com ninguém, queremos encontrar uma solução pacífica, mas, se não der, vai ser preciso tomar uma atitude mais drástica. O que importa é levar comida barata para a mesa do povo”, declarou ele em Campo do Meio, no interior de Minas Gerais, em um assentamento do MST.

Já Fávaro, que é o ministro da Agricultura, disse que o governo não vai “mexer” nos preços dos alimentos de forma artificial. Segundo ele, essas ações mais forçadas não ajudam a resolver o problema. E ele completou dizendo que, apesar de a renda da população ter aumentado (principalmente nos últimos dois anos do governo de Lula), a gente ainda está vendo aumento no consumo, o que acaba impactando também no aumento dos preços.

O aumento da inflação nos alimentos é uma questão super delicada, que tem gerado muito debate dentro do governo e também chamado a atenção do mercado financeiro. Tem uma preocupação no setor privado de que o governo possa adotar medidas como restringir as exportações de alimentos, o que prejudicaria muito o setor agrícola, ou até dar subsídios para os produtos, o que poderia aumentar ainda mais a dívida pública do país.

Até agora, a principal ação do governo foi isentar alguns produtos do imposto de importação, mas a galera não tá muito otimista com isso, já que, pra muitos especialistas, essa medida não vai ter impacto imediato na redução da inflação dos alimentos.

Fávaro, por outro lado, acredita que o aumento no consumo, causado pela queda no desemprego, acaba acontecendo no meio de uma alta geral nos preços dos alimentos no mercado global, o que acaba interferindo no poder de compra da população. Mesmo assim, ele acha que as medidas já tomadas vão ajudar a dar uma segurada na alta dos preços. “O governo está tomando medidas, como a redução de impostos, porque se preocupa com os impactos disso tudo”, afirmou.

Ele também comentou sobre a importância de campanhas publicitárias, que poderiam ajudar os consumidores a saber onde encontrar os alimentos mais baratos. “Tem que ter campanha mostrando onde os preços estão mais baixos. E eu tenho certeza que, com esse conjunto de ações e a super safra que está por vir, vamos ver uma queda significativa nos preços dos alimentos”, completou Fávaro.

A situação não é fácil, e as coisas ainda estão meio tensas. Muitas famílias estão sentindo no bolso o aumento dos preços, especialmente de itens básicos. Por outro lado, é um momento importante também para ver o que o governo vai conseguir fazer. Se essas medidas não derem certo, é bem possível que a situação piore, e aí pode ser que realmente o governo precise tomar atitudes mais fortes, como o próprio presidente mencionou. Vamos ver como isso vai se desenrolar nas próximas semanas.