O chefe do poder executivo, Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse em pronunciamento nesta segunda-feira (9) que a invasão de vândalos bolsonaristas às sedes dos três poderes, na Esplanada dos Ministérios, no domingo (8) foi “de interesse de uma pequena minoria de vândalos e bandidos”.
“Acho que a maioria da sociedade, mesmo a maioria das pessoas que votaram no Bolsonaro, as pessoas decentes, as pessoas que são de direita mas que têm caráter e interesse pelo Brasil não concordam com o que aconteceu aqui“, afirmou Lula.
Lula conversou com jornalistas após caminhada com governadores, vice-governadores e ministros do STF do Palácio do Planalto à Corte Suprema.
Em tom de desabafo o petista soltou: “Mais cedo ou mais tarde, a gente vai descobrir quem é que financiou. Tem gente financiando, tem gente que pagou para vir para aqui e tem gente que fomentou [para] acontecer o que aconteceu”, adicionou.
Ao ser questionado a respeito de garantias para que algo igualmente à invasão não volte a acontecer, Lula apenas revelou que “todos nós temos a obrigação de fortalecer a democracia”.
Lula promete descobrir quem financiou atos terroristas
Com a finalidade de mostrar força, Luiz Inácio Lula da Silva desceu a rampa do Palácio do Planalto acompanhado de governadores, ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) e outras autoridades. O grupo seguiu a pé até o prédio do STF, num ato de reprovação ao que ocorreu no último domingo (8), quando marginais depredaram os prédios sede dos Três Poderes.
Em tom mais elevado, Lula disse que não descansará até descobrir quem é o principal responsável por financiar os protestos bolsonaristas.
“Essa Praça (dos três Poderes) aqui é um símbolo de Brasília, é um símbolo do nosso sistema de governo. Estamos decepcionados, frustrados, para não dizer com muita raiva do que aconteceu aqui. Esse gesto de vandalismo nunca deveria ter acontecido e destruir o prédio da Suprema Corte como destruíram significa que não vamos dar trégua ate descobrirmos quem foi o responsável por tudo que destruiu esse país”, afirmou o presidente.