A Operação Integration, que está em andamento, tem mostrado novos detalhes que envolvem a influenciadora Deolane Bezerra, e o nome dela voltou a ser mencionado em um relatório recente. O caso está gerando polêmica, principalmente porque ele envolve um esquema de lavagem de dinheiro, com rifas e transações por Pix, que somam uma grana absurda. De acordo com o que foi apurado, o valor movimentado no esquema chega a ser de aproximadamente R$ 702 milhões. A informação foi vazada pela colunista Fábia Oliveira, que teve acesso exclusivo a um relatório de investigações.
Entre os suspeitos de envolvimento nesse esquema estão a própria Deolane Bezerra, sua empresa Bezerra Publicidade e Comunicação, Darwin Henrique da Silva Filho (que também é nome citado no caso) e outras duas empresas. A Justiça agora investiga essas movimentações financeiras suspeitas e tenta entender o que está realmente por trás disso.
Um dos pontos que mais chamou a atenção da investigação foi uma rifa organizada pela Deolane no final de 2023. Ela colocou à venda uma Land Rover Discovery, um carro de luxo que, segundo os documentos de seu Imposto de Renda, estava em seu nome. No entanto, a influenciadora nega que tenha rifado o veículo. Isso gerou bastante repercussão, pois, além da estranheza sobre a rifa, o caso ganhou mais peso com outras movimentações financeiras suspeitas.
Deolane também fez várias transferências de valores via Pix, que geraram ainda mais desconfiança por parte das autoridades. Elas encontraram transferências de R$ 1 mil para pessoas que recebem auxílios do governo, e Deolane alegou que o dinheiro era pago como parte de um pagamento por engajamento em suas redes sociais. O que complicou ainda mais a explicação dela foi o fato de que as transferências ocorreram em um grande número e em um curto período de tempo, o que chamou a atenção da Justiça.
A teoria que circula é de que esses Pix seriam, na verdade, uma forma de Deolane atrair pessoas para as plataformas de aposta, conhecidas como “bancas”. E, se isso for verdade, o que complica ainda mais a situação dela é que, segundo a lei, pagar para que alguém jogue em plataformas de aposta é ilegal. Ou seja, a Justiça está vendo essas transferências como uma forma de “aliciar” apostadores, o que torna a situação bem mais grave.
Outro detalhe que complicou a defesa de Deolane foi o fato de ela e sua empresa, Bezerra Publicidade, terem se recusado a entregar documentos importantes. A Justiça pediu contratos de publicidade que justificassem o valor das notas fiscais emitidas, mas esses documentos não foram apresentados. Esse silêncio só aumentou as suspeitas de envolvimento em atividades ilegais, como a lavagem de dinheiro.
O relatório também revelou que, entre maio e junho de 2023, a Bezerra Publicidade recebeu cerca de R$ 3 milhões de uma entidade chamada Federação Nacional das Apaes (Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais). Deolane até tentou explicar a movimentação desse dinheiro, mas não conseguiu apresentar provas concretas que confirmassem a sua versão dos fatos. Isso gerou ainda mais desconfiança, pois é uma quantia muito grande, e a ausência de documentos para comprovar a transação levanta várias questões.
A investigação ainda está em andamento, e o relatório deixa claro que as movimentações financeiras entre a Bezerra Publicidade, Deolane e a EDSCAP (empresa de Darwin Henrique da Silva Filho) continuam sendo observadas de perto. Em resumo, o caso ainda tem muitos desdobramentos pela frente, e tudo indica que ainda teremos muitas revelações sobre as operações suspeitas envolvendo a influenciadora e suas empresas.
Esse tipo de situação, infelizmente, é cada vez mais comum. Várias influenciadoras e personalidades públicas têm sido investigadas por questões relacionadas à lavagem de dinheiro, e o caso de Deolane é apenas mais um capítulo de uma história que parece não ter fim. Só o tempo dirá até onde isso pode chegar.