O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), se pronunciou, na última segunda-feira (10), durante uma coletiva, sobre o projeto de lei protocolado pela vereadora Amanda Vettorazzo (União Brasil), que visa proibir a Prefeitura de contratar artistas que façam “apologia ao crime organizado, ao tráfico de drogas e ao uso de entorpecentes”. O projeto, sem citar diretamente nenhum nome, ficou popularmente conhecido como “PL anti-Oruam”, devido a um vídeo publicado pela vereadora, no qual ela explica a proposta e menciona o rapper Oruam como exemplo. Oruam é filho de Marcinho VP, um dos chefões do tráfico no Rio de Janeiro, e essa conexão foi o que gerou a repercussão.
Ao ser perguntado sobre o projeto, o prefeito Nunes deixou claro que a cidade não tolera qualquer tipo de apologia ao crime. Segundo ele, qualquer artista que tenha esse tipo de atitude não poderá participar dos editais da Prefeitura. “Aqui na cidade de São Paulo, apologia ao crime não vai rolar, a gente não vai permitir de jeito nenhum que alguém que faça isso se inscreva nos nossos editais… nós não aceitamos, a sociedade não quer isso”, disse o prefeito. Ele também aproveitou para falar sobre o projeto da vereadora Amanda, afirmando que ela não estava atacando o movimento do funk ou do rap de forma geral, mas sim criticando uma pessoa específica. “Eu vi que ela não falou nada sobre funk ou rap em si, ela falou de um artista específico, e, sinceramente, eu não conheço as músicas do cara. Eu sou mais da música boa, sabe? Nunca escutei nada dele. Pelo que entendi, ela tá falando de uma pessoa, não da cultura como um todo”, explicou Nunes.
