Zoológicos brasileiros ativam plano para blindar animais da gripe aviária

Medidas de Segurança em Zoológicos do Brasil para Combater a Gripe Aviária

Nos últimos tempos, os zoológicos de todo o Brasil têm se preparado para enfrentar uma ameaça séria: a gripe aviária. Com a confirmação de casos em Montenegro e Sapucaia do Sul, cidades localizadas no estado do Rio Grande do Sul, as instituições não têm poupado esforços para proteger suas aves e, consequentemente, a saúde pública. Em Sapucaia do Sul, a situação ficou ainda mais alarmante, pois a doença resultou na morte de vários cisnes e patos que viviam em um zoológico local.

Ações Emergenciais em Zoológicos

As medidas adotadas pelos zoológicos são diversas e visam não apenas proteger os animais, mas também impedir que o vírus se espalhe para outras espécies e ambientes. Entre as principais estratégias estão:

  • Instalação de Equipamentos de Desinfecção: Os zoológicos estão utilizando equipamentos para a desinfecção de visitantes e funcionários, incluindo pedilúvios e rodolúvios, que garantem que qualquer contaminação seja eliminada antes de entrar nos recintos.
  • Treinamento de Funcionários: É essencial que toda a equipe esteja capacitada para lidar com a situação. Portanto, os zoológicos têm promovido treinamentos específicos para que os colaboradores saibam como agir em caso de suspeita de gripe aviária.
  • Impedimento de Acesso de Aves Silvestres: A instalação de telas e barreiras é uma das soluções mais eficazes. Isso impede que aves silvestres, que podem ser portadoras do vírus, tenham acesso às áreas onde estão os animais do zoológico.
  • Triagem de Novos Animais: Qualquer animal que seja trazido para o zoológico passa por um rigoroso processo de triagem e quarentena, garantindo que não traga doenças para o local.
  • Uso de Equipamentos de Proteção: Veterinários e cuidadores utilizam Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) como luvas, máscaras e aventais, para garantir que não haja risco de contaminação.

Exemplo do Parque das Aves em Foz do Iguaçu

Um exemplo notável é o Parque das Aves em Foz do Iguaçu, que implementou medidas inovadoras para proteger suas aves. Entre elas, a utilização de um pedilúvio, que é um tapete sanitário na entrada, onde os visitantes podem desinfetar seus calçados. Além disso, há colaboradores responsáveis pela troca diária do líquido sanitizante. O rodolúvio, que é um equipamento semelhante, mas mais profundo, permite que as rodas dos veículos também sejam desinfetadas antes de entrarem no parque.

Para aumentar a segurança, o parque decidiu cobrir as áreas das espécies mais vulneráveis ao vírus, garantindo que não haja contato com aves selvagens. Animais sensíveis foram transferidos para áreas internas, longe do contato humano, reduzindo ainda mais o risco de contaminação.

Medidas em Outros Estados

Em São Paulo, o zoológico local também tomou precauções, restringindo o acesso de aves silvestres aos comedouros destinados às aves do zoológico. Além disso, os animais que estavam em áreas abertas foram transferidos para locais cobertos, e novas telas foram instaladas em lagos. Com a presença de casos ativos de gripe aviária, a chegada de novas aves provenientes de Centros de Triagem foi suspensa.

O BioParque do Rio de Janeiro, por sua vez, reforçou seus protocolos de biossegurança. De acordo com representantes do parque, as medidas de higiene, controle de acesso e monitoramento diário dos animais foram intensificadas para garantir a saúde das aves.

Em Salvador, o Parque Zoobotânico tem adotado uma abordagem semelhante, submetendo todos os animais recém-chegados a um rigoroso processo de quarentena. Os exames e a observação cuidadosa são essenciais para detectar doenças ou alterações comportamentais antes da integração ao ambiente em que os visitantes têm acesso.

Conclusão

Essas iniciativas mostram como os zoológicos do Brasil estão levando a sério a proteção de suas aves e a saúde pública. A implementação de protocolos de biossegurança e a conscientização sobre a gripe aviária são fundamentais para evitar o espalhamento da doença. Enquanto nenhum caso foi confirmado ou suspeito em zoológicos de estados como Paraná, São Paulo, Rio de Janeiro ou Bahia, a vigilância continua a ser uma prioridade. É vital que continuemos a apoiar essas instituições na luta contra a gripe aviária, promovendo a saúde tanto dos animais quanto da população.