Vídeo: jornalista é baleada em Los Angeles em manifestação contra Trump

A repórter australiana Lauren Tomasi, da emissora Nine News, acabou se tornando notícia enquanto cobria, ao vivo, os protestos acalorados que vêm tomando conta de Los Angeles, nos Estados Unidos. Ela foi atingida por uma bala de borracha disparada pela polícia enquanto relatava justamente o uso dessas munições contra manifestantes contrários às detenções em massa de imigrantes ilegais.

A cena foi capturada em tempo real e, como era de se esperar, viralizou nas redes sociais quase que instantaneamente. No vídeo, dá pra ver claramente Lauren falando diretamente pra câmera, explicando o que estava acontecendo nas ruas. E foi bem nesse momento que o inesperado aconteceu. Minutos depois de encerrar a transmissão, ela foi atingida — o impacto foi tão repentino que dá até um susto em quem assiste. Dá pra ouvir ela gritando, visivelmente abalada, mas tentando se manter firme. Quando seu cinegrafista pergunta se está tudo bem, ela responde que sim, apesar da voz claramente assustada.

Logo depois do disparo, alguém começa a gritar com os policiais — talvez o próprio cinegrafista, talvez outra pessoa próxima — dizendo: “Vocês acertaram uma jornalista!”. Um momento tenso, daqueles que ficam marcados na memória.

Vale lembrar que os protestos em Los Angeles não começaram do nada. Eles são uma resposta direta às ações recentes das autoridades americanas, que vêm realizando detenções em massa de imigrantes considerados ilegais. Essas ações têm gerado muita revolta, especialmente entre comunidades latinas e defensores dos direitos humanos. A cidade, que já é conhecida por sua diversidade e forte presença de imigrantes, se viu no meio de um verdadeiro caldeirão político e social.

O clima por lá não é dos mais calmos. Tem muita gente nas ruas, cartazes, palavras de ordem, confrontos e, claro, a presença pesada da polícia. Algumas manifestações acabam se tornando violentas — seja por parte dos manifestantes ou pela repressão das forças de segurança, o que costuma ser um combustível perigoso em protestos desse tipo.

Pra piorar a situação, o presidente Donald Trump resolveu jogar mais lenha na fogueira. Em uma postagem na Truth Social — aquela rede social dele, meio que alternativa — ele acusou a “esquerda radical” de estar por trás dos protestos. Segundo ele, são “desordeiros pagos” tentando causar confusão. Uma declaração que, como sempre, divide opiniões e aumenta ainda mais a tensão entre os dois lados.

Seja como for, o episódio com Lauren Tomasi escancarou os riscos que jornalistas enfrentam em coberturas desse tipo. Estar no olho do furacão, literalmente, não é só uma metáfora: é realidade diária pra quem trabalha na linha de frente da notícia. Ela passa bem, segundo relatos posteriores, mas o susto ficou — e o vídeo, bom, esse tá rodando o mundo.

Em tempos em que a verdade vira campo de batalha e a imprensa é constantemente colocada em xeque, cenas como essa reforçam a importância (e o perigo) do jornalismo em campo. E nos fazem pensar: até onde vai o limite entre manter a ordem e calar vozes?