Após a denúncia de assédio feita por Gabriel Muller, ex-assistente de direção do programa Lady Night, Tatá Werneck decidiu se pronunciar sobre o caso e esclarecer sua versão. Gabriel usou suas redes sociais para afirmar que os bastidores do programa, comandado por Tatá, eram um “horror”. Ele também revelou que foi demitido há cerca de um ano e se sentiu prejudicado com a situação.
Em entrevista exclusiva à coluna de Fábia Oliveira, Tatá mostrou bastante surpresa com a acusação, já que, segundo ela, sempre teve uma boa relação com Gabriel. “Eu sinto muitíssimo. Sempre adorei o Gabriel e trabalhamos juntos há muitos anos. Tenho todas as mensagens de gratidão, dele e minhas, além de pedidos dele pra trabalhar na próxima temporada e agradecimentos pelos anos de colaboração”, disse a apresentadora. Para ela, a situação é um mal-entendido, e ela acredita que Gabriel está passando por um momento difícil, o que pode ter levado à acusação.
Tatá também afirmou que a demissão de Gabriel não ocorreu como ele descreve. “Ele nunca foi demitido. O contrato dele sempre foi por obra. Eu sempre o defendi na Globo, como faço com todos que trabalham comigo”, completou. A apresentadora enfatizou que não foi responsável por nenhum tipo de assédio moral e que, até o momento, não pretende tomar nenhuma atitude drástica em relação à denúncia. “Espero que ele fique bem e reconheça que não está agindo certo. Não quero ter que me defender juridicamente, porque ele é uma pessoa que eu gosto. Mas, se for preciso, farei, porque essa é uma acusação muito séria”, explicou.
A polêmica ganhou ainda mais repercussão na última quarta-feira (11/12), quando Gabriel publicou um desabafo nas redes sociais. Ele escreveu, de forma contundente: “Vai e não volte nunca mais 2024! Assim como Lady Night e Tatá [Werneck] na minha vida”. Embora o perfil de Gabriel seja fechado, a coluna conseguiu acessar o post. O ex-assistente de direção seguiu desabafando sobre sua experiência no programa, chamando as seis temporadas em que trabalhou na produção de “horror”. “A última temporada foi a pior, sendo acusado por algo que não fiz e ainda ficando desempregado”, lamentou.
Gabriel não se limitou apenas à crítica ao ambiente de trabalho, mas também falou sobre os efeitos psicológicos que o tempo no Lady Night lhe causou. “Todos que passam pelo Lady Night saem com problemas com a apresentadora”, disse ele, afirmando que foi necessário recorrer à terapia para lidar com os traumas deixados pela convivência no programa. “São incontáveis os assédios que toda temporada a equipe passa. Tenho vergonha de ter ficado tanto tempo em um lugar desses. Eu aceitei, e hoje pago o preço, a terapia, para lidar com as dores e problemas causados por tantas situações absurdas vividas. Que venha 2025”, escreveu Gabriel, encerrando seu desabafo com um toque de ironia.
Essa troca de acusações entre Tatá Werneck e Gabriel Muller gerou uma grande repercussão nas redes sociais e na mídia, levantando discussões sobre o ambiente de trabalho em programas de TV e as relações de poder dentro da indústria do entretenimento. O caso ainda está longe de uma conclusão, e ambos os lados parecem ter versões bem diferentes sobre o ocorrido.
Enquanto Tatá se diz triste com a situação, mas tenta manter a cordialidade, Gabriel deixa claro seu desconforto com o ambiente de trabalho e os danos que, segundo ele, o programa lhe causou. Agora, resta esperar para ver se o caso será resolvido de forma amigável ou se tomará outros rumos, como uma possível ação jurídica.
É uma situação que traz à tona questões importantes sobre como as relações de trabalho em grandes produções podem afetar a saúde mental dos envolvidos, e como é importante tratar essas situações com seriedade, seja na TV, seja em qualquer outro ambiente profissional.