Recentemente, rolou um bafafá sobre o possível boicote à Adriane Galisteu na série sobre a vida do Ayrton Senna. A história gerou bastante repercussão, e claro, quem não deixou de comentar foi a Sonia Abrão. No programa A Tarde É Sua, da RedeTV!, a jornalista e apresentadora fez questão de falar sobre o que rolou entre Senna e Galisteu nos últimos meses da vida do piloto, especialmente na época que ele morreu.
Sonia, bem sincera como sempre, não poupou críticas. Segundo ela, o que foi feito na série foi uma baita injustiça e uma distorção total da realidade. “O último ano e meio de vida dele foi ao lado da Adriane. Isso não se faz, gente! Foi super antiético, é falsear a verdade”, começou Sonia. E, se você acha que ela parou por aí, se enganou. Ela continuou com tudo, dizendo que a série, ao não mostrar esse lado romântico do Senna, acabou passando uma ideia errada para a nova geração, que, talvez, não soubesse como realmente foi esse relacionamento.
A apresentadora também criticou muito a falta de sensibilidade de quem fez a produção. Ela foi enfática ao dizer que era “muito feio” ignorar a relação dos dois na série e que essa omissão foi ainda mais lamentável pela atitude de alguns artistas e da equipe envolvida na produção. Para Sonia, justificar a ausência desse romance na trama foi um erro gravíssimo. “Quem é que vai engolir uma história dessas? Ninguém. É totalmente desrespeitoso e passa uma versão totalmente falsa da história”, disparou ela.
Ela foi ainda mais longe, dizendo que essa falta de reconhecimento do romance de Senna e Adriane Galisteu é uma injustiça para quem realmente acompanhou de perto o relacionamento deles. “É uma história de amor bonita, uma dor imensa que Adriane viveu também, com a perda do Senna. Não tem desculpa, nada justifica isso”, afirmou. Para Sonia, a Netflix, que está por trás da série, deveria pedir desculpas publicamente à Galisteu.
Quem acompanha a história de Senna sabe o quanto a relação dele com Adriane foi importante nos últimos momentos da vida dele. E a falta de reconhecimento disso gerou um mal-estar danado. Não é à toa que, quando alguém fala sobre Senna, é quase impossível não mencionar esse período de sua vida, principalmente porque ele estava apaixonado e em um relacionamento sério. A forma como ele estava emocionalmente quando morreu também fez com que esse namoro fosse um dos capítulos mais marcantes da sua trajetória.
O ponto é que, enquanto a série foi focada muito no lado profissional e nos feitos de Senna, o romance com Galisteu foi deixado de lado, o que causou bastante revolta, principalmente entre as pessoas mais próximas e que viveram aquela história de perto. Agora, o grande debate é sobre o papel da mídia e da produção de conteúdo. Vale tudo por audiência e por criar uma narrativa que não condiz com a realidade só para atrair mais atenção?
Esse tipo de situação tem se tornado cada vez mais comum. A gente vê em muitas produções que tentam vender uma “verdade” que nem sempre é a verdadeira. O grande problema é que, por trás disso, tem pessoas de carne e osso que realmente viveram aqueles momentos e merecem ser respeitadas. No caso de Galisteu, a crítica de Sonia Abrão parece ser uma tentativa de fazer com que a verdade, ou pelo menos parte dela, seja vista por todos. Não é só sobre um nome famoso, é sobre respeito, sobre dignidade e sobre não apagar um pedaço importante da história.
Com isso, fica o questionamento: até onde vai a ética na produção de séries e filmes baseados em histórias reais? E será que a Netflix vai, de fato, se posicionar e pedir desculpas à Adriane, como sugerido por Sonia? O tempo dirá, mas uma coisa é certa: essa história vai render muita conversa ainda.