Justiça condena Sikêra Jr. a indenizar motorista chamado de estuprador

O apresentador Sikêra Jr. e a RedeTV! acabaram se metendo em uma encrenca e foram condenados a pagar uma grana, R$ 20 mil, para um motorista de Uber. Isso tudo rolou porque, durante o programa Alerta Nacional, em 2022, Sikêra chamou o cara de estuprador, vagabundo e homicida. Que situação complicada, né? O programa, que estava no ar até fevereiro de 2023, acabou veiculando essa acusação sem qualquer prova.

O processo, que o Metrópoles deu uma olhada, revela que a confusão começou quando uma passageira ficou em pânico ao ver o motorista fechando os vidros do carro e usando álcool em gel. Ela achou que ele tava tentando dopá-la e, na certa, saiu correndo do veículo. Depois disso, registrou um boletim de ocorrência, achando que tinha se metido numa situação perigosa.

Acontece que uma perícia foi feita e concluiu que o que o motorista usou era só álcool em gel mesmo, nada de sedativo. A investigação foi arquivada e o motorista foi considerado inocente. Imagina o alívio dele ao saber que tudo não passou de um mal-entendido!

Na defesa, Sikêra Jr. tentou se justificar, dizendo que não fez nada de errado. Ele alegou que não citou o nome do motorista e que suas declarações eram só opiniões gerais. A RedeTV!, por sua vez, se desfez de qualquer responsabilidade, afirmando que o programa era produzido de forma independente pela TV A Crítica, lá de Manaus, onde Sikêra ainda tá no ar. É um verdadeiro jogo de empurra, né?

Na decisão do tribunal, a 5ª Câmara de Direito Privado do Tribunal de Justiça de São Paulo foi clara. Eles disseram que a conduta do apresentador e da emissora passou dos limites da liberdade de expressão e do direito de opinião. Portanto, Sikêra e a RedeTV! devem ser responsabilizados pelo que disseram, que acabou ferindo a honra do motorista. E, claro, isso dá a eles a obrigação de indenizar o cara.

Além do pagamento da indenização, a emissora também foi obrigada a fazer uma retratação pública em um dos seus programas de maior audiência. Isso foi determinado em um acórdão no dia 2 de outubro. Claro que, como toda decisão judicial, ainda cabe recurso. Então, quem sabe eles não tentam se livrar dessa?

Essa história toda nos faz pensar um pouco sobre o impacto que as palavras têm, não é? Às vezes, em busca de audiência, muitos acabam extrapolando. É um lembrete de que o que se fala na TV pode ter consequências reais na vida das pessoas. O motorista, que só tava fazendo seu trabalho, teve sua reputação ameaçada por algo que não tinha fundamento. É uma lição sobre responsabilidade e a importância de se ter cuidado com o que se diz, especialmente quando se tá na frente das câmeras.

E por falar em responsabilidade, essa situação também levanta a questão sobre o papel dos apresentadores e das emissoras na formação da opinião pública. O que pode ser só uma piada ou uma opinião sem fundamento para um pode ser uma sentença de morte social para outro. Infelizmente, a gente vê isso acontecer com frequência, onde a linha entre a liberdade de expressão e a calúnia acaba se tornando bem tênue. E o mais triste é que, muitas vezes, quem paga o pato são pessoas comuns que só querem viver suas vidas tranquilamente.

Enfim, que sirva de alerta para todos nós! No final das contas, as palavras têm peso, e é bom lembrar que sempre há alguém do outro lado ouvindo e sendo afetado pelo que se diz.