O capítulo de Pantanal que foi ao ar na noite da última sexta-feira (12) contou com um corte de cena. Inicialmente, a sequência faria uma referência à escravidão em um diálogo entre Zuleica (Aline Borges) e Marcelo (Lucas Leto).
Na cena em questão, o filho de Tenório (Murilo Benício) revela que seu plano era comprar sua “liberdade”, uma vez que eles eram “controlados” pelo pai. De acordo com o portal Notícias da TV, no roteiro os termos utilizados eram “alforria” e “escravizados”.
De contrapartida, no começo da novela o autor Bruno Luperi criou um grupo com atores negros para evitar erros sobre racismo. Na cena, o jovem se encontrava trabalhando juntamente com os irmãos na fazenda do grileiro, quando parou para conversar com sua mãe.
“Ai meu filho, eu nem acredito que você está conseguindo fazer tudo isso sozinho”, comemorou a enfermeira, gostando de ver que o filho está empenhado no trabalho.
Sendo elogiado, o jovem fez questão de destacar que não fez tudo sozinho, todavia teve a ajuda dos irmãos. Pouco minutos depois, eles também conversaram sobre a descoberta de que Tenório não é seu pai biológico.
Zuleica fez questão de salientar que nada deve mudar entre eles, porém o criminoso não pode saber da verdade.
“Eu não vou viver o resto da minha vida fingindo ser irmão da mulher que eu amo, muito menos fingindo que sou filho do homem que sempre detestei”, afirmou Marcelo. Posteriormente, a matriarca então quis saber quais seriam os planos e ele ressaltou que pretendia investir ali para comprar sua “liberdade”.
Silvero Pereira entrega o que vai fazer após o remake de Pantanal
Atuando como Zaquieu em Pantanal, Silvero Pereira tornou-se um dos destaques da novela desde que seu personagem voltou para a fazenda de José Leôncio (Marcos Palmeira). Em sua saga pelo título de peão, o ex-mordomo de Mariana (Selma Egrei) passou a ser um dos preferidos do público.
Nos últimos capítulos da trama, Zaquieu passou a batalhar para garantir o mesmo espaço que os peões da fazenda e até ganhou Alcides (Juliano Cazarré) como professor.
“O personagem foi muito além das minhas expectativas tanto no carisma com o público quanto nas discussões levantadas”, declarou no decorrer de uma entrevista à coluna da jornalista Patrícia Kogut, no jornal O Globo.
Ainda não satisfeito, Silvero explicou sua visão sobre seu papel: “Primeiro ele aparece como alívio cômico. Em seguida, constrói uma forte discussão sobre LGBTfobia. E agora questiona os lugares de profissão que também são superpreconceituosos e taxativos no que se refere à sexualidade”.