Bolsa cai e dólar sobe em primeiro dia útil do governo Lula na Presidência

Após Luiz Inácio Lula da Silva (PT) assumir como o novo presidente do Brasil no dia 1º de janeiro, os mercados demonstraram ter uma primeira reação negativa e, nesta segunda-feira (2), após Lula prometer em seu discurso que priorizaria o combate às desigualdades e as questões sociais, travando privatizações, o dólar subiu 1,5% durante as negociações realizadas na parte do manhã, ao passo que o ibovespa, considerado o principal índice da bolsa paulista, caiu 3,0%. Em relação a Petrobrás, as ações recuaram em quase 6%.  

Durante seu discurso realizado em Brasília (DF) durante este último domingo, 1º de janeiro, o petista afirmou que irá combater fome e a desigualdade presente no Brasil, com esta sendo a marca de seu terceiro mandato como presidente da República, tecendo críticas contra o teto de gastos, algo que classificou como uma “estupidez”. prometendo revogá-la.

Durante esta segunda-feira, Lula realizou instruções para que seus ministros pudessem revogar medidas de privatização relacionadas às estatais brasileiras, como por exemplo, os Correios e a Petrobras.

Já no primeiro dia de seu mandato, Lula havia assinado um decreto prorrogando a desoneração de combustíveis, medida que havia sido realizada por Jair Bolsonaro com o intuito de baratear os preços durante às vésperas das eleições presidenciais mas que, em contrapartida, ocasionada em uma privação de R$ 52,9 bilhões da receita por ano. 

A isenção do imposto em relação aos combustíveis tem validade de um ano para biodiesel e diesel, e dois meses para o etanol e gasolina. Dias atrás, Fernando Haddad, ministro da Fazenda, afirmou que a isenção não deveria ser prorrogada, algo que criou uma divisão no novo governo. O senador Jean Paul Prates (PT), novo presidente da Petrobras, havia afirmado que a prorrogação aconteceria.

Nesta segunda, Haddad tomou a decisão de se pronunciar, pontuando que não irá aceitar resultados fiscais no ano de 2023 que demonstrem não ser melhores do que a atual previsão de déficit fiscal, que é de R$ 220 bilhões.