Alimentos que aumentam o risco de morte prematura, de acordo com especialista

Comer muito alimento ultraprocessado, tipo refrigerante e carnes processadas, pode diminuir a nossa expectativa de vida em até 10%. Essa informação vem de um estudo que acompanhou mais de 500 mil pessoas durante quase 30 anos. O que os pesquisadores descobriram é que esses alimentos estão super ligados a um risco maior de morte precoce, principalmente por doenças como problemas cardíacos e diabetes tipo 2. O negócio é que o risco é ainda maior para os homens (15%) do que para as mulheres (14%), mesmo com as correções nos dados.

E quais são esses alimentos ultraprocessados que a gente deve tomar cuidado? As bebidas, como os refrigerantes, sejam eles açucarados ou diet, foram os principais vilões dessa história. A Erikka Loftfield, que é a autora do estudo, destacou que essas bebidas são as que mais contribuem para a ingestão de ultraprocessados.

Outro ponto negativo são as carnes altamente processadas, como bacon, presunto, salsichas e frios em geral. Esses produtos têm ingredientes que a gente nem costuma usar em casa, como conservantes e corantes, que dão um ar mais atrativo e aumentam a durabilidade. Mas, por outro lado, o consumo excessivo pode trazer vários problemas de saúde, incluindo doenças crônicas e até aumentar a mortalidade precoce.

Além disso, já existiam estudos que alertavam sobre os riscos das carnes processadas e dos refrigerantes, e essa nova pesquisa só veio reforçar essas informações. Mas e as bebidas diet? Muitas vezes, elas são vistas como uma escolha “mais saudável”, mas a verdade é que também entram na lista dos ultraprocessados por causa dos adoçantes artificiais e aditivos que não estão presentes nos alimentos integrais. O problema é que essas bebidas têm se mostrado ligadas a doenças cardíacas, diabetes, obesidade e até demência. Ou seja, até o que parece ser uma opção mais segura pode trazer riscos consideráveis para a saúde.

Então, como podemos minimizar esses riscos? A dica mais importante é cortar a quantidade de alimentos ultraprocessados e apostar em opções mais naturais, como frutas, verduras, grãos e proteínas frescas. Isso pode ajudar a diminuir a chance de desenvolver doenças crônicas e até aumentar a nossa expectativa de vida.

Além disso, se em algum momento não der pra escapar dos ultraprocessados, o ideal é olhar os rótulos e escolher aqueles com menos sódio, açúcares e gorduras adicionadas.

Mesmo com todos esses dados preocupantes, os pesquisadores acreditam que o consumo real de ultraprocessados pode estar até subestimado. É que as informações usadas no estudo foram coletadas há quase 30 anos, e desde então a oferta e o consumo desses produtos dispararam. Tem gente estimando que até 60% das calorias diárias consumidas nos EUA vêm de alimentos ultraprocessados.

Com essa crescente tendência, os riscos à saúde podem ser ainda maiores do que se pensava. Um estudo anterior, por exemplo, mostrou que o consumo de lanches salgados e sobremesas de laticínios praticamente dobrou desde os anos 90.

Então, a moral da história é: é sempre bom ficar de olho no que a gente coloca no prato. Mudar alguns hábitos pode fazer uma diferença e tanto na nossa saúde a longo prazo.